segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

sem nome

Na inocência consciente,
parei o que fazia essa manhã.

Me perguntei
se ela
estaria fazendo

o mesmo.

Peguei um caderno
uma caneta bic velha
deixei o moderno

de lado,

e
escrevi uma carta.

Nela eu disse
o que não tive coragem

Tête-à-tête

verdades
realidades
dores
medos
e uma
uma mentirinha.

Termino.

Mergulho nas lembranças
pesadas
pesadas
pausadas.

Dois corpos ao sofá
deixando esfriar o chá
sem ter de mostrar o quê são
apenas sendo a parte
que ninguém vê
partilhando o
cheiro cinza
da Tv.

Volto,
subo as escadas
tomo um banho
escolho uma camisa
espalho aquele perfume

pra ir até os correios.


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