segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Praças e Duques

Mais e mais estávamos cansados de cansar,
Penso em viajar nesses tempos.
Detesto calor,
e não vejo a hora de raiar o verão.

Agora, tra-ça-do o curso de mi vida*
não há condições de voltar ao passado e limpar.
Limpar meus sonhos.
Foi no momento em que sonhei,
que deixei de viver,
e passei a acreditar.

Lembro dos tempos em que pra mim,
o mundo era áureo, chorava seu brilho dourado,
através de nossos olhos.

Tempos estes em que a ingenuidade me conhecia,
a isenção de más intenções, me acompanhava.

Começa sempre em março,
normalmente em algum fim de semana.
Alguns deixam-se antes, outros depois
mas todos têm a sua vez, e por fim

corpos esparsos ao chão de uma praça.
Calados por fora,
Gritando uns com os outros por dentro,
Sorrindo e chorando,

por que não entendiam,
não podiam saber,
nem vão entender,

que aquilo era pra acontecer,
escolhidos a dedo,
que por peças do destino,
foram de encontro a caminhos
diferentes,
mas coerentes.

Um nem sabe mais meu nome,
outro apenas tem lembranças nubladas,
um nem quer mais lembrar,
mas todos sabemos que,

quando começamos a cantar n'um péssimo espanhol
e a frequência de reuniões malditas aumentou,

Cada um no outro, nem que por um dia, se encontrou.

E eu, apenas lembro com saudades,
nostalgia todo mundo sente,
eu tenho é saudades,
também medo,
mas acho,
ou sei,


Que março existe todo ano,
provavelmente em algum fim de semana,
esquecerei toda esta besteira,

e viverei novamente a descoberta do mundo.

Mágica no início,
cansada no
decorrer
sem
fim.

2 comentários:

  1. pia, sem palavras pia, chorando aqui. Mandou extremamente bem, extremamente bem, você compôs uma música

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  2. Chorando 2 o/

    Mto perfeito pia
    D+ msm
    Sem palavras total
    Vamo ressucita esses tempos
    PS: Tem uma Natasha aqui na Vane

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